
O DIU de cobre, dispositivo intrauterino de plástico e revestido de cobre, é um dos melhores métodos contraceptivos, com eficácia de 99,2%, em média.
Mas, entre os dispositivos intrauterinos, há outros tipos, com diversos funcionamentos e até com dimensões reduzidas, conhecidos como mini DIU — para mulheres que nunca engravidaram ou que, naturalmente, têm o útero menor.
Entenda o que é DIU e as diferenças entre eles, a seguir.
O que é DIU de cobre e quais são as outras opções
O DIU é um dispositivo em forma de T colocado no útero da paciente por um médico ginecologista, em um procedimento simples de 15 a 20 minutos.
A seguir, realiza-se uma reavaliação em, aproximadamente, 30 dias após a inserção, visando identificar se o DIU continua na posição correta. Esse exame é importante, visto que, neste período, as taxas de expulsão são maiores. Depois dessa etapa, as relações sexuais são liberadas.
Vale ressaltar que o dispositivo não impede infecções sexualmente transmissíveis, sendo necessário o uso de preservativos para tal proteção.
Como funciona
Os dispositivos intrauterinos não hormonais que são revestidos de cobre liberam essa substância aos poucos, localmente, para que os ovócitos não sejam fertilizados pelos espermatozoides e se inicie a gravidez.
Já os dispositivos não-revestidos (DIU hormonal ou Mirena) liberam um hormônio que altera vários aspectos do útero e dificultam a ovulação — evento em que o ovário libera o ovócito para ser fecundado.
O DIU pode ser inserido em qualquer período do ciclo menstrual, desde que excluída a possibilidade de gestação. Ele pode permanecer no local de 5 a 10 anos, com indicação para ser removido a critério da paciente, no período máximo de um ano depois da última menstruação (menopausa).
Essa validade se baseia na meia-vida da liberação das substâncias, que é 5 anos para o DIU hormonal e 10 anos para o DIU de cobre.
Diferenças entre os tipos de DIUs
Cada tipo de DIU tem diferentes atributos, os quais implicam nos seus mecanismos de ação. Entenda:
DIU de cobre
Também conhecido pelo nome da marca, Multiload, seu mecanismo é o de liberar cobre, de forma segura, para impedir a concepção.
Ele modifica o tecido de revestimento da parte interna do útero (endométrio) e gera um processo inflamatório irrelevante para a mulher, mas incompatível com a vida dos espermatozoides.
Dessa forma, pelo fato de o dispositivo não alterar as taxas hormonais, ele desencadeia menos efeitos colaterais no organismo e também não interfere na amamentação.
Além disso, você pode tomar qualquer medicação, o DIU não terá a sua eficácia prejudicada por interação medicamentosa.
A desvantagem dele é que, em algumas pacientes, causa um aumento do fluxo menstrual e da cólica, sobretudo nos primeiros meses depois da sua inserção.
DIU hormonal
Também chamado de DIU medicado ou SIU (Sistema Intrauterino) tem como principal ação a liberação de levonorgestrel, que é a progesterona sintética, provocando:
- Espessamento do muco cervical, que é um componente do corrimento vaginal fisiológico;
- Modificação do funcionamento das tubas uterinas;
- Mudanças no endométrio.
Esses fatores, em conjunto, formam um tampão no colo do útero devido ao espessamento do muco cervical, servindo de barreira física para os espermatozoides.
Estima-se que a taxa de sucesso do DIU medicado é semelhante ao do procedimento de laqueadura, que é a cirurgia de esterilização.
Além disso, o DIU hormonal também funciona como opção de tratamento para miomas e endometriose, diminuição do risco de câncer de endométrio, alívio de cólicas menstruais e redução do fluxo da menstruação.
Para as mulheres mais jovens, o DIU Mirena também conta com a opção mini que, além de menor em tamanho, também possui uma dose reduzida de hormônio, mas com a mesma eficácia do DIU tradicional.
Por outro lado, esta opção de DIU, que está associado a um fármaco, traz alguns efeitos colaterais, como:
- Piora da acne;
- Inchaços nos pés;
- Queda de cabelo transitória.
Mas essas intercorrências não são preocupantes, já que a administração de medicações sintomáticas resolvem esses efeitos adversos. Inclusive, diferente das pílulas anticoncepcionais, o DIU Mirena não traz a trombose como efeito colateral às pacientes.
Tanto o DIU de cobre quanto o DIU hormonal, são métodos contraceptivos bastante satisfatórios, mas que requerem uma ampla investigação médica antes de serem colocados.
Por isso, agende a sua avaliação com uma médica ginecologista hoje mesmo!
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