
O hipotireoidismo é uma condição médica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, resultando em uma produção insuficiente de hormônios pela glândula tireoide.
Neste artigo, exploraremos o que é essa condição, seus principais tipos, causas e sintomas, bem como o diagnóstico, tratamento, possíveis complicações e mais. Boa leitura!
O que é hipotireoidismo?
O hipotireoidismo resulta da diminuição na produção dos hormônios tireoidianos, T3 (tri-iodotironina) e T4 (tiroxina), pela glândula tireoide.
Esses hormônios desempenham um papel vital no funcionamento adequado do corpo, impactando órgãos e sistemas essenciais, incluindo o ritmo cardíaco e o metabolismo.
Localizada no pescoço, a tireoide é responsável por regular órgãos importantes do nosso corpo, como coração, cérebro, fígado e rins.
Quais são os tipos?
O hipotireoidismo pode ser categorizado em quatro tipos distintos: primário, secundário, terciário e congênito.
O tipo primário, o mais comum, afeta aproximadamente 95% dos casos, sendo caracterizado por um problema na tireoide que compromete a secreção dos hormônios T3 e T4.
No hipotireoidismo secundário, o defeito encontra-se na hipófise, que inibe a secreção de TSH, reduzindo consequentemente a produção de T3 e T4.
No tipo terciário, a origem da condição está associada a uma doença do hipotálamo. Quando é congênito, o hipotireoidismo está presente desde o nascimento.
Quais são as principais causas do hipotireoidismo?
As causas do hipotireoidismo variam entre os tipos principais, sendo o primário e o secundário. O primário pode ser desencadeado por diferentes fatores, como:
- Distúrbios hereditários;
- Falta de iodo;
- Tireoidite de Hashimoto ou doença de Hashimoto;
- Tratamento de câncer na tireoide.
Quanto ao hipotireoidismo secundário, ele se manifesta quando há uma insuficiência na secreção de TSH pela hipófise. Essa redução no estímulo à tireoide resulta na diminuição da produção do hormônio T4, desencadeando um desequilíbrio na tireoide.
Como identificar este distúrbio?
A identificação do hipotireoidismo é essencial, já que esse distúrbio não apenas reduz o metabolismo, mas também desencadeia alterações em diversos sistemas do corpo. Entre os principais sintomas, destacam-se:
- Alterações do discurso e da marcha;
- Aumento do colesterol;
- Bócio;
- Cansaço e sonolência;
- Constipação intestinal;
- Dificuldade de concentração e raciocínio;
- Diminuição do suor;
- Disfunção erétil;
- Dores articulares e musculares;
- Ganho leve de peso;
- Hipertensão;
- Infertilidade;
- Intolerância ao frio;
- Menstruação irregular;
- Pele ressecada;
- Perda de libido;
- Perda de memória;
- Queda de cabelo;
- Redução do paladar;
- Unhas frágeis.
Leia mais – Sintomas de hipotireoidismo: 12 principais
Como é o diagnóstico?
O diagnóstico do hipotireoidismo inclui tipicamente a coleta de sangue para avaliar os níveis de TSH, T4 livre e anticorpos contra a tireoide, como anti-TPO e anti-tireoglobulina.
De maneira geral, considera-se hipotireoidismo quando os pacientes manifestam sintomas característicos e apresentam um nível de TSH superior a 4 mU/L.
Recomenda-se a realização anual da dosagem de TSH para todos os pacientes com mais de 50 anos, mesmo na ausência de sintomas de hipotireoidismo, como parte de uma prática preventiva.
Em casos de histórico familiar, o rastreio pode ser iniciado aos 35 anos, proporcionando uma abordagem personalizada com base nas condições específicas de cada indivíduo.
No caso de recém-nascidos, o hipotireoidismo congênito pode ser diagnosticado por meio do teste do pezinho, permitindo uma identificação precoce e intervenção imediata para assegurar o desenvolvimento saudável da criança.
Qual é o tratamento de hipotireoidismo?
O tratamento do hipotireoidismo é geralmente simples e eficaz, centrando-se na reposição do hormônio deficitário. Essa reposição é alcançada por meio da ingestão diária de hormônio tireoidiano sintético, sendo a levotiroxina a medicação de escolha nesse contexto.
Os sintomas do hipotireoidismo tendem a diminuir em cerca de duas semanas de tratamento com levotiroxina. É interessante compreender que o tratamento do hipotireoidismo é uma prática de longo prazo e não deve ser interrompido.
Ademais, em alguns casos, é possível tratar a causa subjacente do hipotireoidismo, como na tireoidite de Hashimoto, onde a abordagem pode envolver o tratamento da inflamação.
Existe cura para hipotireoidismo?
Não existe uma cura definitiva para o hipotireoidismo. No entanto, quando o tratamento é seguido de maneira adequada, é possível melhorar significativamente a qualidade de vida e o bem-estar geral do paciente.
Quais são as possíveis complicações desta doença?
Esse distúrbio, quando não tratado, pode resultar em uma redução significativa do desempenho físico e mental. Pode desencadear complicações em diversos sistemas do corpo, incluindo o gastrointestinal, neurológico, endócrino, metabólico e renal.
Entre as principais complicações associadas ao hipotireoidismo, destacam-se:
- Anemia;
- Coronariopatia;
- Deficiência de crescimento e surdez em recém-nascidos;
- Disfunções respiratórias;
- Dislipidemia;
- Glaucoma;
- Hipertensão arterial;
- Insuficiência cardíaca.
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