Do grego ‘baros’, que quer dizer peso e ‘iatros’, tratamento, a cirurgia bariátrica é a solução para alguns casos de obesidade que não respondem ao tratamento conservador, com dieta, medicamentos, psicoterapia e exercícios físicos.
Existe também uma proporção de massa corporal mínima para que o paciente seja indicado à cirurgia e ele não deve ter outras condições que possam prejudicar os resultados, como falta de compromisso com o tratamento para emagrecer.
Leia, neste artigo, como ocorre a cirurgia bariátrica e sobre o que é mito ou verdade a respeito dela.
Como é feita a cirurgia bariátrica
As cirurgias restritivas têm como único alvo o estômago, de modo que se diminua sua capacidade de receber os alimentos. Em outras palavras: um estômago menor, enche mais rápido e dá saciedade mesmo com pouca comida.
Essas técnicas também agem sobre as taxas dos hormônios gástricos, como a grelina, também responsável pela saciedade.
Além disso, a cirurgia restritiva gera menos alterações do trato gastrointestinal. Porém, os resultados podem não ser suficientes se o paciente não controlar a qualidade da alimentação e prática de exercícios.
- Mal absortivas ou disabsortivas
Técnica na qual se faz desvios intestinais, visando a diminuição da absorção dos alimentos e dos nutrientes, sem interferir no estômago. Hoje está em desuso como técnica única por ter resultados limitados e altos riscos nutricionais.
- Mistas ou restritivas mal absortivas
Quando se opera o intestino e o estômago. Neste caso, a quantidade de alimento a ser ingerida pelo paciente deve diminuir, ao mesmo tempo que parte desse alimento também vai para o intestino.
Este procedimento conta com mecanismos de ação relevantes para o estímulo dos hormônios intestinais, como as invertidas. Isso auxilia na perda de peso e também no controle de doenças como hipertensão e diabetes.
A técnica mista é a mais comum no Brasil, com bastante eficácia, contudo, exige cautela pela possibilidade de distúrbios nutricionais.
Cirurgia bariátrica: mitos e verdades
A cirurgia bariátrica, além de perda de peso significativa, faz a remissão do diabetes, controle da hipertensão, alívio de dores articulares etc. Porém, como todo tratamento cirúrgico, ela pode gerar certas inseguranças nos pacientes.
Por isso, confira os principais mitos e verdades envolvidos com a cirurgia bariátrica:
Qualquer pessoa pode realizar a cirurgia?
Não. O paciente elegível à gastroplastia deve se encaixar nos requisitos obrigatórios de IMC e doenças graves associadas e não ter contraindicações, como uso abusivo de substâncias (álcool, por exemplo), falta de comprometimento no tratamento conservador e diagnóstico de alguns transtornos psiquiátricos.
Outra indicação já comprovada é a cirurgia metabólica. É apropriada para pacientes diabéticos com difícil controle medicamentoso da doença e IMC entre 30 e 35 kg/m2.
As cirurgias reconhecidas para esse tratamento são o Bypass Gástrico e a Gastrectomia Vertical (Sleeve).
Como é o preparatório?
- Dieta líquida 24h antes da cirurgia;
- Interrupção do hábito de fumar 30 dias antes;
- Acompanhamento psicológico, inclusive depois da operação;
- Realização de determinados exames, como ultrassom abdominal, endoscopia digestiva, radiografia de tórax etc.
Posso comer de tudo após a cirurgia?
No primeiro dia de pós-operatório ao 7º ou 15º dia, a dieta deve ser líquida e fracionada. Por meio do acompanhamento com cirurgião ou nutricionista, a dieta pastosa é liberada e, em média, depois de 30 dias, o paciente pode retornar com a dieta normal. Além disso, prescreve-se vitaminas e antiácidos neste primeiro mês.
É necessário ter uma dieta restritiva após a cirurgia?
Nos primeiros meses, o paciente consegue comer apenas 200 g por refeição, aproximadamente. Ao passar do tempo, deve adotar uma dieta balanceada: rica em frutas, legumes e pobre em alimentos processados. A atividade física também é essencial, ainda mais porque a cirurgia deve ser realizada apenas uma vez.
A cirurgia bariátrica é um tratamento efetivo e que conta com diversas técnicas, para que se adapte bem a cada perfil de paciente. Assim, para quem não consegue emagrecer por conta própria, o melhor caminho é passar por uma avaliação com um cirurgião bariátrico.
Ainda ficou com dúvidas ou para se submeter ao procedimento cirúrgico, o paciente deverá ter um IMC (Índice de Massa Corporal) de pelo menos 40 kg/m² ou com pelo menos 35 kg/m² associado a outras condições médicas, como risco cardiovascular, diabetes mellitus não controlada etc.
Depois da operação, a perda de peso ocorre ao longo de 2 anos e a taxa de sucesso é alta. Porém, dependendo da técnica cirúrgica empregada, o paciente precisará tomar suplementos alimentares pelo resto da vida, como vitamina D e B12.
Depois da operação, a perda de peso ocorre, em média, no período de 2 anos, com alta taxa de sucesso.
O acompanhamento pós-operatório é imprescindível para evitar déficits vitamínicos comuns, como deficiência de ferro, vitamina B12 e vitamina D.
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