Vitiligo é uma doença que pode afetar a saúde psicológica de muitas pessoas e, por isso, o tratamento pode e deve ser oferecido aos pacientes o mais breve possível. O melhor tratamento para o vitiligo vai depender do subtipo da doença, da porcentagem corporal acometida e do efeito na qualidade de vida e na percepção do paciente, observando o risco-benefício. Por exemplo, a variante segmentar é conhecida como a sua fase de rápido espalhamento, envolvimento do folículo piloso precoce, restrição a uma área segmentar, durando de 3 a 24 meses, usualmente seguida de completa estabilização. Essa variante pode ser mais difícil de tratar então requer intervenções médicas precoces ou opções cirúrgicas.
Para todos os tipos de vitiligo, o tratamento precoce é a melhor opção. Em contraste com a variante segmentar, a maioria dos casos de vitiligo seguem curso imprevisível com períodos de progressão e remissão.
Tratamentos tópicos podem ser aplicados quando pequenas áreas são envolvidas, a fototerapia com o tratamento tópico é preferida quando mais de 5 a 10% da superfície corpórea é afetada.
- O poder dos antioxidantes
A combinação de antioxidantes como o ácido alfa-lipóico, as vitamina A, C, E e ácidos graxos poliinsaturados parece ter muita influência, sobretudo quando combinada com a fototerapia.
Dado o risco de recidiva no primeiro ano ser de quase 50% é importante que os pacientes que adquiram uma repigmentação sejam acompanhados e submetidos a uma terapia de manutenção.
- O que há de novo
Terapia imunológica, em particular interferindo no eixo interferon-gamma cxcl10, pode ser uma estratégia efetiva. Repigmentação significativa foi observada também na administração oral de tofacitinibe, um inibidor da Janus kinase e ruxolitinib, que inibe diretamente a sinalização de interferon Gama. A aplicação tópica desses medicamentos também parece ter algum efeito, entretanto mais estudos são necessários para se começar a indicar a terapia.
Em resumo, embora seja usualmente devagar e a repigmentação nem sempre aconteça, apesar de tratamento intensivo, a variedade de opções deve ser apresentada aos pacientes que procuram tratamento.
Uma terapia combinada para inibir a destruição autoimune antes mesmo da morte de melanócitos e, ainda, a estimulação da regeneração deles é a mais plausível de ter resultado. Novas compreensões sobre a patogênese da doença tem aberto novas portas sobre formas de tratamentos que estão por vir e podem ser uma revolução no tratamento do vitiligo.
Fonte: J Am Acad Dermatol. 2017 Jul;77(1):1-13. New discoveries in the pathogenesis and classification of vitiligo. Rodrigues M. et al
J Am Acad Dermatol. 2017 Jul;77(1):17-29.Current and emerging treatments for vitiligo. Rodrigues M. et al.
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Dr. Felipe Cezar Dias CRM-PR 34055
MMI Clinic
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